Páginas

IMPERDIVEL

A CORUJA, O MASTODONTE, O FAZEDOR DE BURACOS E OUTROS MISTÉRIOS

domingo, 2 de maio de 2010.

Capítulo 13: Emmanuelle, La Sorbonne, Paris, França

Texto criptografado.

“Peter,

Resolvi partir de Berlim, tão logo recebi um chamado de nossos patrocinadores. Estão muito preocupados com a descoberta dos fósseis e com o desdobramento da situação. Não é mais uma notícia local, já foi publicada nos jornais mais importantes ao redor do mundo. Curiosamente, foi justamente o New York Times que mais deu destaque ao esqueleto do mastodonte. Enviou um de seus melhores jornalistas para cobrir a matéria e realizar uma série de reportagens sobre sítios arqueológicos. É algo que pretendo investigar.

No momento, as obras estão interrompidas, e sua continuidade vem sofrendo ataques na imprensa e no governo. Autoridades importantes, em diversos setores, estão sendo pressionadas para modificar o traçado original do túnel e preservar a área. Se tal posição for levada adiante, teremos sérios problemas, porque seria inevitável a reabertura das galerias provisoriamente lacradas. Todo o projeto poderia ser arruinado. Tratarei disso pessoalmente.

Penso que sua decisão quanto aos depósitos Pégaso foi acertada. Não precisamos de mais estardalhaço. Como bem sabe, tudo que diz respeito aos depósitos sigilosos mantidos na Suíça gera desconforto e desconfiança.

Breve estarei em Paris. Aguarde instruções.

Emmanuelle.”

(continua)

Leia Mais

A CORUJA, O MASTODONTE, O FAZEDOR DE BURACOS E OUTROS MISTÉRIOS

Capítulo 12: Frederico, Aeroporto Roissy-Charles-de-Gaulle, Paris, França

Muito ouvia eu falar do grande pássaro de ferro, mas nunca imaginei que se alimentasse de gente, de cães e de corujas. E mais, que depois vomitasse a comida tal como a engolira. Pois, quando reencontrei meu amigo, parecia muito bem disposto, sorridente - fez-me um longo afago nas asas doloridas e na cabeça. Não posso dizer que estivesse tão bem disposto quanto ele: doía-me o corpo inteiro e nunca antes lembrei-me com tanta intensidade do tempo em que sentia o vento frio roçar minhas asas, na superfície gelada do Ártico. Digo mesmo que se eu pudesse, naquele momento, a cabeça atordoada, morto de fome, ia-me de um sopro para minha terra natal e desaparecia no firmamento.

Mas breve fui voltando ao normal, principalmente depois que meu estômago recebeu uma boa porção de alimento. Devorei com prazer o naco de pão que Mathias guardara para mim.

A primeira impressão que tive ao sair da barriga do pássaro voador foi de estar nas dependências do que os humanos chamam de Céu, pois acreditava firmemente que estivesse morto. O burburinho de vozes, a multidão movendo-se de um lado para outro e a presença de meu amigo, porém, de pronto convenceram-me do engano. Do que ouvi do Céu ao longo de minha convivência com os humanos, o lugar onde me encontro muito longe está de sequer parecer-se com ele. Tampouco estaremos no inferno, porque tanto eu como Mathias nada fizemos para merecer tamanho castigo.

Logo, forçoso é concluir que continuo vivo, pelo que muito agradeço às forças do Universo. Sou muito jovem para partir e encontrar o regaço dos anjos.

Assim que recuperei por completo a consciência, dei-me conta da presença de outro humano junto a Mathias. Um homem baixo e magro, óculos de grau, cabelos desalinhados e olhos escuros. Perto dele, meu amigo era um gigante, ou quase. Imaginei que se haveriam conhecido no interior do pássaro de ferro, porque jamais eu o tinha visto e conheço todos os que frequentam nossa casa em Lisboa (e são bem poucos por certo).

O estrangeiro era simpático e falava português fluentemente. Segundo entendi, aprendeu a língua durante uma longa estadia em Coimbra, a trabalho. Vim a saber, posteriormente, que se chamava Ted, era americano e vivia em Manhattan (também não me perguntem o que é um americano e onde fica Manhattan, não faço ideia).

O que interessa contar é que o americano teve papel fundamental nos fatos que nos aconteceram a seguir. Foi ele o primeiro a quem meu amigo contaria de sua formidável descoberta.

Decorrido o episódio, passei a ter meu amigo em muito mais conta. É realmente um homem extraordinário.

(continua)



Leia Mais

A CORUJA, O MASTODONTE, O FAZEDOR DE BURACOS E OUTROS MISTÉRIOS

sexta-feira, 23 de abril de 2010.

Capítulo 10: Peter Hans, Universidade de Genebra, Genebra, Suíça

Texto criptografado.

Emmanuelle,

Não preciso dizer como fiquei aflito ao ler o pequeno recorte de jornal com a notícia sobre o mastodonte.

Como sabe, isto pode tornar-se um problema para nós.

A novidade espalhou-se de tal forma que não tenho feito outra coisa que atender ligações nervosas de nossos clientes. Todos indagam sobre o destino de seus haveres, pois, como sabe, a maior parte já se encontra assentada em seus lugares definitivos.

Depois de nosso último contato, concluímos que seria melhor despachar o estoque para as galerias já terminadas.

Vejo, agora, que talvez nos tenhamos precipitado, porque a descoberta dos tais fósseis pode gerar um interesse excessivo na obra. As autoridades poderão determinar a abertura dos trechos já lacrados para novas inspeções, e isso nos causaria transtornos sem precedentes.

Por motivo de segurança, decidimos adiar a operação Pégaso. O vazamento do fato seria muito inconveniente neste momento.

Peter.”


Capítulo 11: Antônio Joaquim, Alfama, Lisboa, Portugal

Esta noite, acompanhei meu amigo Mathias ao aeroporto.

Não houve jeito de fazê-lo desistir da empreitada, ainda mais depois que conversou ele com o cientista inglês com o qual esteve na expedição às Terras Árticas. Sei lá o que lhe disse o inglês, mas, se meu amigo já estava embriagado com a ideia, o outro deu-lhe o resto de encorajamento de que precisava. Pelo que me disse Mathias sobre o homem, deve ser um tolo como ele, pois, segundo me contou, o cientista tinha-o, a ele, por muito sábio. Pode um imaginar algo igual? Com certeza será um desmiolado também. Que outro tipo de gente haveria de enfiar-se no fim do mundo, a explorar terras desabitadas e cobertas de gelo? Que interesse pode ter um homem de juízo numa coisa dessas?

Por mais que me esforçasse, não consegui mostrar bons ânimos na despedida de meu amigo.

Estava eu deveras aborrecido como tudo isso. E mais aborrecido fiquei porque não alcancei convencê-lo a deixar o pobre Frederico a meus cuidados. Que pena sinto dele. Meter a ave a viajar para terras de fora sem nenhum conforto e a correr todos os perigos. Mas não houve maneira. Mathias chegou a ofender-se, pois já não entendia a vida sem a companhia de Frederico e não aguentava separar-se dele um dia só que fosse.

Que podia fazer eu?

Resignei-me e fiquei a acenar-lhe enquanto o via desaparecer atrás do portão de embarque, depois que acomodamos o Frederico na embalagem apropriada. Arrepio-me todo só de pensar no coitado espremido naquela caixinha ou seja lá como se chame.

Paciência.

Prometeu-me Mathias que haveria de telefonar-me todos os dias para pôr-me ao pé das novidades e de seus progressos.

Que o Altíssimo o acompanhe!

Há de necessitar de seus préstimos.

(continua)

Leia Mais

A CORUJA, O MASTODONTE, O FAZEDOR DE BURACOS E OUTROS MISTÉRIOS

segunda-feira, 29 de março de 2010.

Capítulo 8: Ben, The New York Times Building, Manhattan, Estados Unidos


O café está horrível: Maggie chegou cedo hoje.

Ao ver-me entrar, trouxe uma xícara do líquido negro sofrível e amargo de sua especialidade (o café) e duas rosquinhas de baunilha. A rotina de sempre.

Prefiro a acolhida calorosa e divertida de Sophie, mas, desde que o bebê nasceu, contento-me com a carranca de Maggie, a outra secretária. Esforço-me o mais que posso e não consigo arrancar um sorriso da criatura.

Devo concordar com Ted. A mulher é esquisita mesmo - terá nascido assim.

No primeiro dia de trabalho, repetiu-me o que dissera durante as duas entrevistas para o cargo: que não gostava de trabalhar cercada de homens, que todos os homens eram uns calhordas imorais.

É uma das poucas opiniões pessoais que Maggie já emitiu nestes cinco anos em que trabalha conosco.

Não posso reclamar de suas maneiras pouco amistosas, eu a contratei. Tem o currículo mais impressionante que já me passou pelas mãos. Graduou-se com excelência em Harvard, fala vários idiomas, conhece o mundo inteiro. Poderia ganhar milhões numa grande firma de advocacia (eu mesmo poderia indicar várias delas), mas jamais pôs os pés em uma. Porque não gosta de trabalhar no meio de homens, explicou.

Pouco sei de sua vida pessoal, salvo que mora com o namorado francês (Sophie contou que era francês) e tem um gato preto horrendo de estimação. Ou assim me pareceu, na foto que vi, de relance, em sua agenda de trabalho. Outro detalhe sobre Maggie é que tem uma beleza deslumbrante: a mulher mais bonita que já encontrei. É de assustar. Talvez, por isso, tenha hesitado em contratá-la, imaginando que a circunstância me causaria muitos aborrecimentos, tendo em vista a quantidade de homens que circula pelo jornal todos os dias.

Agora, pensando a respeito, creio que seja esse o motivo pelo qual ela não gosta de trabalhar cercada de homens. Não estou bem certo. Mas a verdade é que o único homem para quem Maggie já sorriu é o Sr. Evans, o ascensorista (Maggie pega sempre o mesmo elevador).

Tampouco supus que Maggie recebesse boa acolhida da ala feminina. Não sou ingênuo, há muito compreendi que as mulheres têm uma estranha forma de apreciar os dotes umas das outras. Não tenho nenhuma teoria quanto a isso, devo mencionar, porque o comportamento feminino (embora eu seja muito bem-casado e tenha duas filhas) é algo totalmente misterioso para mim, sendo, como sou, um homem apenas.

Curiosamente, ao trazer-me a costumeira xícara de café, Maggie depositou, na minha frente, o exemplar de uma publicação francesa (a França rodeia Maggie), um tipo de periódico local, adivinhei. Ergui os olhos com uma indagação implícita, acredito, e ela apontou a manchete principal com uma das longas unhas vermelhas.

Dos rudimentos de francês que conheço, concluí que a notícia se referia ao túnel subterrâneo em construção na Europa. Ultimamente, não há dia em que não se fale do empreendimento. Tentamos não dar muito espaço aqui no jornal ao assunto, que, a meu ver, já perdeu o atrativo, mas, absurdo como pareça, volta e meia alguma coisa sucede com as tais escavações, e, novamente, a obra vem à mídia.

Desta vez, segundo a publicação, as escavações foram interrompidas (é a quinta paralisação, se não me engano) por conta de um achado inesperado na galeria. Um dos operários implantava os explosivos para abrir o primeiro trecho da conexão marítima, quando topou com uma formação rochosa peculiar. O exame mais detalhado revelou tratar-se de um depósito de fósseis pré-históricos. E o primeiro esqueleto encontrado pertenceria a um imenso mastodonte, conforme relatos de um arqueólogo presente no local.

A descoberta causou enorme impacto na região e junto aos financiadores do projeto (principalmente junto a parte destes: os cofres suíços são muito sensíveis), inclusive porque, até onde se sabe, os mastodontes jamais caminharam por solo europeu.

A se confirmar a veracidade do fato, isso poderia inviabilizar definitivamente a obra e as pretensões integracionistas europeias (não sei dizer o motivo que me levou a associar as galerias aos eventos que culminaram na eclosão do segundo conflito bélico mundial - tive aquela impressão de estar assistindo a um filme antigo...).

Ambientalistas, destacados políticos, sabidamente amparados por militantes da esquerda radical, entre outros, e mesmo fontes ligadas a importantes setores da elite conservadora (de acordo com o texto da matéria), já estavam protestando contra a continuidade das escavações. Formara-se uma comissão mista (não alcancei entender o significado das siglas em francês, relativas aos grupos que participavam da tal comissão), que seria ouvida em breve pelo Governo Central do País, para discutir as providências e medidas necessárias à preservação do sítio arqueológico, uma vez localizado em solo da França, local escolhido para comportar o trecho derradeiro do túnel principal.

A parte final da notícia continha um resumo do projeto desde o início e levantava novas críticas à obra, vindas de diversos especialistas. Um renomado financista húngaro, radicado em Paris nos anos sessenta, apresentava uma exposição sobre os prós e contras da proposta, questionando sua real utilidade para integrar o solo continental, maior benefício das galerias enterradas, como reiteram seus idealizadores.

Confesso que os fósseis despertaram minha curiosidade, sempre atento que estou a esses achados científicos. E solidarizei-me com os defensores dos esqueletos, e fiz meus os argumentos do húngaro, enquanto lutava para apreender a integralidade do texto escrito no intricado idioma da honrada terra do lado de lá dos Pireneus.

Em meu cérebro formulou-se a pergunta que não quer calar: com que finalidade, exatamente, seria utilizado o túnel subterrâneo e por que, enfim, o trecho final situava-se embaixo do mar?

Creio que Maggie pensou da mesma forma, porque, quando dei por encerrada a leitura, fitava-me com um de seus olhares enigmáticos, tão próprios dela. Sorriu-me (o sorriso mecânico que não se espalhava pelo rosto aristocrático e perfeito) e saiu, fechando a porta atrás de si.

Peguei o telefone branco, a linha exclusiva, e fiz várias ligações. Falei com dois ou três editores conhecidos, um congressista, três jornalistas independentes e meu amigo Ian, em Londres. O suficiente para amadurecer a decisão que tomei tão logo li a matéria do jornal francês. Chamei Ted na Espanha e pedi que interrompesse as férias e embarcasse no primeiro vôo para Paris.

Ao pousar o fone no gancho, meus sangue ardia. Senti o formigamento pelo corpo, o vento frio soprando a nuca, a agitação que sempre precedia um grande furo, em meus tempos de repórter.

Ou meu faro de jornalista estava realmente enferrujado ou eu acabava de dar com uma mina de ouro.


Capítulo 9: Ted, Plaça Reial, Barri Gòtic, Barcelona, Espanha


Quando o celular tocou, senti que as paisagens ensolaradas de Barcelona que vejo da janela do hotel despediam-se de mim. Nem precisava ouvir a voz de Ben para saber que era ele. Temos essa conexão profissional desde que nos conhecemos.

Sempre achei um completo desperdício ele deixar o trabalho de repórter para sentar atrás daquela mesa, mas, pelo menos, agora, o jornal tem alguém inteligente tomando as decisões importantes. Não me espanta que o jornal tivesse andado mal das pernas uma temporada.

Depois que Ben assumiu, as pessoas certas passaram a sentar nos lugares certos. E ninguém sabe o nome delas, exceto o próprio Ben. É como deve ser.

Admito que a admissão de Maggie surpreendeu-me. A mulher assusta até o Demônio, se há realmente um. Não entendo a fixação que os marmanjos do jornal têm por ela. Todas as vezes que ela se aproxima de mim, sinto calafrios.

E ainda falam que a mulher é linda.

Vai entender a cabeça das pessoas.

Mas até que a viagem a Paris me entusiasmou. Já estava com saudade dos Cafés, do Louvre, de Louise.

Louise foi meu grande amor, mas ela não quis deixar Paris e eu não saio de Manhattan. Preciso daquele cheiro, da sujeira dos becos, dos tipos esquisitos. São saberia viver em outro lugar, por mais que eu ame Louise.

Depois que nos separamos, ela casou com um suíço, um tal de Hans ou Peter, sei lá. Sujeito estranho. Trabalha para uma instituição financeira com sede em Berna, mas passa a maior parte do tempo em Genebra, fazendo sei lá o quê. Acho que nem Louise sabe. E ele não parece se importar com minhas visitas a Louise, nem com nosso caso de amor mal resolvido. A única explicação que encontro para um enlace tão bizarro é o fato de Louise estar tão deprimida longe de mim que casou com o primeiro idiota que encontrou. Salvo que o homem não me pareceu nem um pouco idiota, e é certo que tem uma vida dupla, seja lá ela qual for. Meu instinto de jornalista não se engana. Já cheguei a pensar que o tipo estaria envolvido em alguma falcatrua financeira clandestina, mas, como oportunamente observou meu amigo Ben, os suíços são especialistas em finanças e na gestão do dinheiro. Portanto, para que haveriam de se meter em falcatruas? Concordei com ele.

E, uma vez que ele não se mete em meus assuntos com Louise, não fico metendo o nariz nos seus negócios.

Assim, vez por outra, vou a Paris, matar a saudade que sinto de Louise, enfiar-me em seus lençóis de cetim.

Verdade seja dita, Louise sabe apreciar as coisas boas da vida, embora eu jamais tenha compreendido como ela conseguia arcar com os custos de seu gosto apurado. Nunca fiz perguntas. Ela poderia ficar ofendida, e eu ficaria sem o amor de Louise.

Por isso, já telefonei para ela e convidei-me a me hospedar na pensão, o modesto estabelecimento familiar que ela dirige desde a morte da avó.

Madame Julie era a única família de Louise, além da irmã, Claire, é evidente. Mas, dessa, ninguém ouve há anos. Sumiu no mundo com um siciliano e nunca mais deu notícia. Louise jura que a máfia deu cabo dela, mas como conheço bem dos fatos do mundo, não dou crédito a isso. O que a Máfia haveria de querer com Claire?

Não sei o que Ben pensa que vou descobrir na França acerca do tal túnel, mas admito que o mastodonte também atiçou minha curiosidade. Se conheço um pouco desse povo que habita o lado de lá dos Pirineus, os investidores estrangeiros que financiam as galerias subterrâneas estão perdidos. Não vejo como o cemitério de fósseis vá ser profanado. Os franceses irão defender seus esqueletos com barricadas, se preciso for.

(continua)

Leia Mais

A CORUJA, O MASTODONTE, O FAZEDOR DE BURACOS E OUTROS MISTÉRIOS

segunda-feira, 15 de março de 2010.

Capítulo 6: Frederico, Bairro Alto, Lisboa, Portugal

Mathias passou o dia ao lado do telefone, esperando uma ligação do estrangeiro. Aguardava resposta de um companheiro seu, um cientista inglês, segundo entendi da conversa telefônica que, ontem, manteve com o tal homem. Mathias o conheceu naquela expedição às terras do Ártico. Não imaginava que se tinham tornado tão amigos.

Embora eu, mais do que qualquer outro, conheça as virtudes de Mathias, sou forçado a admitir que meu amigo possa parecer um tanto excêntrico. Poucos conseguem identificar a grandeza de espírito escondida por trás de sua expressão ingênua. À primeira vista, poderiam tomá-lo por tolo, mas já vi coisas que me convenceram de que o homem que me encontrou esconde um sábio dentro dele, à sua maneira, é claro.

Pois tão pronto o telefone tocou, ele estava à postos. A resposta do inglês deve ter saído a contento, porque Mathias abriu um amplo sorriso no rosto largo e corado.

Não posso descrever como se passou a conversação, pois claro está que o único idioma humano que me é familiar é a língua portuguesa. Os detalhes do que pedira meu amigo ao cientista estrangeiro ele mesmo me contou depois. Logo, presumo que breve serei informado do conteúdo da recente ligação.

(esforçou-se meu amigo, diga-se, em enriquecer meu privilegiado cérebro de rapinante com esclarecimentos sobre a importância das ciências e dos cientistas, ambos os conceitos soando, a princípio, um tanto complexos, eu reconheço; entretanto, se bem conheço Mathias, não se dará por vencido até que eu me torne um perito no assunto - ele trata meus estudos com grande seriedade)

O que posso afiançar é que, se Mathias está alegre e satisfeito, isso terá relação com a viagem que faremos, o que me leva a concluir, sem erro, que Antônio ficará aborrecido com o desfecho da coisa. Como já disse aqui, o africano é radicalmente contra a ideia de meu amigo ir juntar-se às tais escavações no fundo do mar.

Problemas à vista.


Capítulo 7: Emmanuelle, Reichstag - Palácio do Parlamento, Berlim, Alemanha

Texto criptografado.

“Peter,

Nossos sócios pensam ser aconselhável recusar novos contratos temporariamente, uma vez que teremos uma grande demanda vinda dos financiadores do projeto. Talvez tenhamos escassez de matéria-prima. Se a cunhagem das moedas seguir no ritmo atual, logo nossos estoques terão terminado.

Já consultei Grigot sobre a possibilidade de recorrermos às reservas Pégaso, os cofres lacrados da Segunda Grande Guerra. Ele argumentou que muitos interesses seriam contrariados, se a notícia vazasse. Contudo, dado que o montante total depositado é de nosso conhecimento apenas, não vejo como isso poderá causar-nos problemas.

De qualquer modo, o cliente do Catar deve ser atendido, obviamente. Sua Alteza merece toda nossa deferência.

Enviarei instruções. Aguardamos agora a conclusão do trecho final da galeria subterrânea.

Emmanuelle.”

(continua)

Leia Mais

Mary Wyne - Sonhos sombrios

quinta-feira, 4 de março de 2010.
Traduções e Revisões RS & RTS Apresentam:





O desespero pode bater em sua porta da forma mais improvável possível – Uma vez que você descobre as mentiras ao seu redor, sua vida nunca mais será a mesma.
O xerife Brice Campbell não acredita em poderes paranormais, mas tudo muda quando ele encontra Grace. A melhor perseguidora psíquica do Exército, Grace sempre resolve seus casos. Quando uma criança some do condado de Benton, ela é convocada. Só que desta vez, o foco da missão é ligeiramente modificado. Por causa de Brice.
Faíscas de desejo percorrem Brice e Grace, levando ambos a um turbilhão de paixões. Embora Grace tenha talentos extra-sensoriais surpreendentes, quando se trata de assuntos do coração, ela é uma noviça. 
Brice ensinará a Grace o que significa o amor: emocionalmente e fisicamente, mas primeiro ele tem que convencer a ela, que ele não é o grande vilão e predador da história. Eles têm que descobrir a grande paixão que os envolves.


Imagem






Leia Mais

Adrianne Basso - A Noiva Eterna

Traduções e Revisões RS & RTS Apresentam:




A Noiva Eterna - Adrienne Basso
Escócia, 1321
Acusada de ter matado seu marido, Callum, na noite de núpcias, Maev McCloskey é  condenada por seu clã a um exílio em uma distante torre-prisão no meio de uma densa  mata. Lá, ela sonha com seu amado, e com a paixão que não conheceram em vida  E começa a se perguntar se unir-se ao sedutor e misterioso Callum em seu mundo seria um ato de coragem... ou de loucura...



Imagem






Leia Mais

PRECISAMOS DE PESQUISADORAS E TRADUTORAS

quarta-feira, 3 de março de 2010.

PRECISAMOS DE PESQUISADORAS E TRADUTORAS PARA PASSAR OS E-BOOKS NO TRADUTOR MECÂNICO.

SE VOCÊ DESEJA NOS AJUDAR, CLIQUE NO BANNER ABAIXO E SAIBA COMO ENTRAR EM NOSSO GRUPO:

http://lh3.ggpht.com/_8O5RMEKZg1E/S0H9FKuFxNI/AAAAAAAAEcA/138Tr1vZ90c/banner_rs_rts010%5BJPG%5D.jpg



Leia Mais

Amanda Ashley - Mais Profundo que a Noite

terça-feira, 2 de março de 2010.


As pessoas da cidade Moulton Bay diziam que havia algo sobrenatural em Alexander Claybourne. Algumas pessoas murmuravam isso porque com sua escuridão, seus notáveis traços e seus hipnotizadores olhos, o sedutor estranho parecia todo um vampiro. Eles nunca imaginariam quão perto da verdade estavam... ou que depois de mais de duzentos anos de resistir à tentação, Claybourne tinha encontrado uma mulher que devia possuir. Kara Crawford nunca se assustou da supersticiosa sabedoria popular e riu dos falatórios dos vizinhos a respeito de criaturas que espreitavam na escuridão. Que dano poderia provocar ser amigável com o atraente desconhecido de cativante olhar em seus olhos da cor da meia-noite? Sem importar que escuros segredos Alexander escondesse, Kara se sentia atraída por ele, forçada a se unir a ele sob a prateada luz da lua onde eles compartilhariam seu amor...


Imagem 


Leia Mais

PRECISAMOS DE FORMATADORAS

MENINAS, PRECISAMOS URGENTEMENTE DE FORMATADORAS.

MUITOS E-BOOKS JÁ ESTÃO REVISADOS AGUARDANDO APENAS  FORMATAÇÃO.

SE VOCÊ DESEJA NOS AJUDAR, CLIQUE NO BANNER ABAIXO E SAIBA COMO ENTRAR EM NOSSO GRUPO:
 

http://lh3.ggpht.com/_8O5RMEKZg1E/S0H9FKuFxNI/AAAAAAAAEcA/138Tr1vZ90c/banner_rs_rts010%5BJPG%5D.jpg

Leia Mais

MBlannco - Anoitecer

Leia Mais

Teresa Medeiros - Depois da Meia-noite

TRADUÇÕES E REVISÕES APRESENTAM...
DEPOIS DA MEIA-NOITE
POR
TEREZA MEDEIROS 
 Revisão: Vânia Gusmão
 
Formatação: Karina Rodrigues


 Nota: Ma-ra-vi-lho-so, tudo de bom gente, é uma das historias mais lindas que eu li.

 Teresa Medeiros




        RESUMO

       “Nossa irmã vai casar se com um vampiro”
        Quando a sempre prática Caroline Cabot ouve pela primeira vez essas palavras de lábios de sua fantasiosa irmã menor, acusa a Portia de ter uma imaginação desbocada. O que outra coisa pode pensar se sua irmã mais nova vê duendes sob as couves e sereias na baía?
       Mas quando descobre que sua irmã Vivienne realmente está sendo cortejada pelo Adrian Kane, o misterioso visconde do que se tem rumor que é um vampiro, ela decide aceitar seu convite para um jantar a meia-noite e fazer sua própria investigação. Porque o que passaria se sua irmã Portia tivesse razão esta vez? E se Adrian Kane fosse um vampiro? Não faria ela então todo o possível para impedir esse matrimônio?
       E para sua consternação Caroline logo se encontra apanhada sob o feitiço sedutor do Kane. Depois de tudo... o que deveria fazer uma dama judiciosa quando o pretendente de sua irmã acorda nela algo mais que umas simples suspeita?



Imagem




Participe de Nossa Comunidade no Orkut:


http://www.orkut. com.br/Main# Community? cmm=53470816


Lançamentos RS & RTS:


http://lh3.ggpht.com/_8O5RMEKZg1E/S0H9FKuFxNI/AAAAAAAAEcA/138Tr1vZ90c/banner_rs_rts010%5BJPG%5D.jpg


Leia Mais
 

  ©Template by GD